sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A CAMINHADA DOS BOSQUÍMANES
    Dentro da mesma temática de africanidade, esta narrativa realizada em 2008, mostra-nos com algum realismo três bosquimanes atravessando um espaço amplo que faz lembrar as areas circundantes de uma sanzala. Em primeiro plano, um indivíduo que acaba de pousar uma cabaça, parece estar mais preocupado com esta, se assim pudemos designar, que com a atravessia de três caçadores bosquímanes. Este elemento mostra também que não é uma figura estática, apesar de se encontrar de cócoras, entre o erguer-se ou a preocupação de manter em pé a grande vasilha esférica!
Quadro adquirido para Núcleo de Favaios do Museu do Douro.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A GEOGRAFIA DA ESPERA DOS BOSQUÍMANES
    Este quadro em acrílico de 2006, sobre papel (70cm x 50cm), pertence à minha colecção particular, da qual fazem parte obras de Artur Bual e José Pádua. Desenha um cenário que espelha, se assim o entendermos, do povo Shán (O Povo de Deus) - no seu próprio idioma - o invisível de sentir a terra que vai da serra de Chela (Angola) até ao coração do do deserto Kalahari (Botswana, Namíbia e África do Sul) que lhe coube na alma! Este trabalho, para além do domínio artístico, é mais uma homenagem à "odisseia" dos Bosquímanes que foram, provavelmente, os primeiros habitantes de Angola, pela sua perícia em habitar os locais, evitando as sanzalas, sobretudo, as que lhes são hostis. Estas três pessoas do " povo amarelo", de pequena estatura e vulnerabilidade física, alimentam-se de raízes, frutos silvestres e de pequenos animais da savana e da selva africana, e de saborear o tempo que respiram.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

OS TRANSPORTADORES DE ÁGUA
    Esta obra foi realizada por mim em 2007 faz parte de uma colecção particular. É um acrílico sobre papel medindo 70cm x 50cm. O quadro retrata um momento de uma das ocupações importantes dos pastores do Quénia, o transporte de água. Este quadro narra a actividade de aguadeiro que é apenas uma das tarefas quotidianas da tribo nilótica, em que utilizam, como vasilhas, grandes cabaças ôcas. Nesta narrativa imagética apresentam-se dois homens usando vestes de tonalidades térreas. Em primeiro plano, o homem acarreta duas cabaças vazias, de bojos de dimensões diferente, dependuradas numa rede amarrada às pontas de uma vara. O peso da água obriga, pela dimensão das cabaças, a uso de um bordão. Em segundo plano, o transportador africano apenas traz uma cabaça de gargalo largo, acomodada numa rede também pendente de uma das extremidades da vara sobre o ombro, mas que deixa aperceber o peso da água.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

SOLIDÃO BRANCA
    Este quadro que intitulei a Solidão Branca, foi pintado em acrílico sobre papel (74m x 56cm), em 2003. Este acrílico pertence à colecção particular, da qual fazem parte obras de Castro Mendes, J. Pascual, Paulo Pinto, e uma serigrafia do seixalense Palolo e outra do ourensano José Luís de Dios.
A Solidão Branca regista um momente de reflexão e tristeza de uma masai com o seu filho distraído com a paisagem e brincando com os dedos na boca. O rosto pintado indica que está cumprindo o tempo pesar pela morte do marido. O belo colar policromático de missangas apresenta-se como sinopse do azul do vestido. Esta narrativa está ladeada com as figuras estilizadas: uma mulher, caminhando, com uma vasilha de transporta água; um homem, numa postura estática e vertical, segurando um bordão, que acarreta dois vasos vazios, de transporte de água. As peças de roupa destas figuras apresentam uma composição de bandas horizontais rubras, alaranjadas e térreas. Apercebemo-nos também da figura curva da mulher em pé, em plena oposição das linha curva do corpo da viúva.

domingo, 11 de janeiro de 2009

AS MULHERES MASAI NO CORAÇÃO DA TARDE
    Em 2005, foi pintado por mim este quadro: uma tela de 70cm x 50cm. Este mostra uma cena peculiar africana a que dei o título de "As Mulheres Masai no Coração da tarde".
Em primeiro plano estão duas mulheres sentadas, uma delas, com um belo pano quadricular a branco, delimitada por uma textura de linhas de cor rosa quase púrpura, a ser acarinhada por uma criança.
A mulher negra que está de perfil tem sobre o vestido um manto cinzento. Esta, com a mão pousada numa bilha de argila, destaca-se um colar fino e colorido. O seu olhar dirige-se para a composição da mulher e da criança.
Todas as mulheres ostentam um colar largo e fino de missangas policromadas. As mulheres queniatas, que estão repousando sentadas, exibem sobre a cabeça uma espécie de tiara com um adorno frontal, designado de espanta espíritos. No centro deste cenário está uma mulher, quase uma silhueta estilizada, acarretando uma criança de lado. O seu traje é vestido longo colorido com tiras castanhas e avermelhadas escuras.
Este acrílico sobre tela está datado e assinado por trás, no canto inferior esquerdo. Colecção particular.
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